QUEM MUDOU DE SEXO ?
A decisão do juiz Luiz Carlos Chaves, de autorizar a mudança do registro civil de um homem submetido a vaginoplastia, foi muito comemorada. Mas faltou um nome. Por mais que a legislação garanta o anonimato, nestes casos a publicidade é um avanço suportável, considerando as humilhações que o beneficiado passou, especialmente nos aeroportos, quando era, segundo relata "anonimamente", checada a sua identidade. Num País intolerante com os gays, lésbiscas e transexuais, a medida, embora aparentemente correta, considerando a justificativa apresentada pelo magistrado,perdeu a sua dimensão natural, de exemplo e conquista.
Para um considerado grupo de pessoas que enfrenta o mesmo problema, faltou um link com o caso e seu resultado, perdido numa legislação opaca e vesga.
Como notícia, deixou para os leitores a sensação de uma coisa inacabada. Faltou o sujeito da ação.
A imprensa está cheia desse tipo de noticiário impreciso, as vezes obrigatoriamente impreciso...
Raimundo Holanda
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ASSUNTOS: Manaus, mudança de sexo, Tjam, Editorial