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Testemunhas do caso 'Deusiane' prestam depoimentos à Justiça e revelam detalhes

Por Portal Do Holanda

24/04/2018 17h37 — em
Amazonas


Foto: Divulgação

Manaus/AM -  O juiz da Vara da Auditoria Militar, Luís Márcio Albuquerque,  ouviu nesta terça-feira (24) o depoimento de oito pessoas arroladas pela acusação – quatro testemunhas, dois peritos e duas designadas como informantes – no caso da morte da policial militar Deusiane da Silva Pinheiro, em 2015. Esta foi a primeira audiência de instrução e julgamento do caso – ela deveria ter sido realizada no último dia 12, mas precisou ser remarcada devido à ausência dos advogados dos réus.

Pelos autos, cinco policiais militares são acusados de envolvimento na morte de Deusiane. De acordo com a Vara da Auditoria Militar, na próxima audiência, ainda sem data confirmada e que será conduzida pelo juiz titular da unidade judicial, Alcides Carvalho Vieira, deverá ocorrer a oitiva das testemunhas “referidas”, pessoas que foram citadas nos depoimentos desta terça e que a acusação entendeu ser necessário ouví-las.

Conforme o rito processual, a defesa pode arrolar mais testemunhas. Só depois disso, o juiz deverá marcar o interrogatório dos acusados: Elson dos Santos Brito, Jairo Oliveira, Júlio Henrique, Cosme Moura e Narcízio Guimarães. A soldado Deusiane morreu no dia 1º de abril de 2015, nas dependências da Companhia Fluvial do Batalhão Ambiental, onde trabalhava, com um disparo de arma de fogo na cabeça.

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM), que ofereceu a denúncia do crime de homicídio em julho de 2017, sustenta a tese de que a soldado Deusiane teria sido assassinada pelo ex-namorado, o cabo Elson dos Santos Brito, no local de trabalho; a defesa argumenta, no entanto, que a vítima teria cometido suicídio.

 

Depoimentos

A primeira testemunha ouvida foi um amigo de Deusiane que relatou ao juiz detalhes do relacionamento dela com o cabo Elson e que teria medo de denunciar o seu “comportamento agressivo e intimidador”. Já a segunda testemunha, um policial militar, foi inquirida sobre a arma que teria sido usada na morte da moça. Em seguida, o juiz ouviu uma colega de trabalho de Deusiane em relação ao comportamento da vítima no dia em que foi encontrada morta.

Também foram ouvidos na audiência de instrução três peritos que trabalharam no caso. A primeira foi uma médica legista da Polícia Civil que realizou autópsia psicológica, a partir de uma série de entrevistas e investigações no ambiente em que a vítima vivia, concluindo, preliminarmente, que Deusiane não teria traços de depressão e nem intenções de cometer suicídio. Os dois peritos da Polícia Civil responderam a questionamentos do juiz relacionados à autópsia do corpo de Deusiane Pinheiro, perícia do local onde ela foi encontrada, bem como a arma que teria sido usada.


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