Réus da Maus Caminhos são condenados por desviar verbas de UPA e Maternidade no Amazonas
Manaus/AM - Cinco réus da operação Maus Caminhos foram condenados pela juíza federal Ana Paula Serizawa, da 4ª Vara Criminal da Justiça Federal do Amazonas pelos desvios de R$ 141,7 mil de recursos públicos superfaturados da empresa Medimagem, entre julho de 2014 a fevereiro de 2015. As penas somadas aplicadas a Mouhamed Mustafá, Priscila Marcolino Coutinho, Paulo Roberto Galácio, Jennifer Nayara e a Gilberto Aguiar somam 29 anos de prisão entre regime fechado, semiaberto e aberto.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), os cinco foram condenados pelo superfaturamento dos serviços de lavandeira prestados pela Medimagem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no Campos Salles, e também na Maternidade Enfermeira Celina Villacrez Ruiz, localizada em Tabatinga.
A operação foi coordenada pelo empresário Mouhamed Moustafá, dono do Instituto Novos Caminhos (INC), responsável pela contratação superfaturada dos serviços da Medimagem. Segundo o MPF, os valores superfaturados eram repassados para os membros da organização criminosa acusada de desvias recursos da saúde do Amazonas.
Condenações
Mouhamed recebeu a maior pena, sendo condenado a 9 anos e 4 meses de prisão em regime fechado. A juíza ainda estabeleceu a ela o pagamento de multa no valor de R$ 1,1 milhão.
Priscila Coutinho, que é apontado como a chefe do setor financeiro da organização criminosa, recebeu a pena de 6 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. Ela também terá de pagar uma multa de R$ 144,8 mil.
Paulo Roberto Galácio, ex-diretor do INC, foi condenado a 6 anos e 3 meses de prisão em regime fechado e multado em R$ 135,3 mil. A enfermeira e delatora do esquema da Maus Caminhos, Jennifer Nayara, recebeu a condenação e 1 ano e 8 meses de prisão em regime aberto, tendo de pagar multa de R$ 18,1 mil.
O empresário Gilberto Aguiar, dono da empresa Medimagem, foi condenado a 5 anos e 4 meses de prisão em regime semiaberto, com multa estabelecida de R$ 347,5 mil.
Confira a decisão da juíza federal:
Clique para baixar arquivoASSUNTOS: Amazonas, Ana Paula Serizawa, justiça federal, Manaus, Mouhamed Moustafa, PF, TRF1, Amazonas