Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes, o líder da Inconfidência Mineira, possui uma história  misteriosa em torno de sua morte.

Como tudo começou?

Por volta  de 1790 um grupo de intelectuais, padres e detentores de patentes militares de Vila Rica começou a pensar em uma revolta contra a coroa portuguesa.

O professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), João Furtado, explicou para o site Brasil de Fato,  que a maioria dos inconfidentes se rebelava contra a forma agressiva com que Portugal cobrava os impostos no estado. Eles não tinham um grande projeto para o país, não tinham os mesmos pensamentos sobre a escravidão e não passaram da fase de planejamento da revolta.

Em 1792, os reis portugueses descobriram a conspiração, e mandaram enforcar e esquartejar Tiradentes, um dos líderes do movimento, para inibir uma libertação.

Tiradentes foi enforcado em 21 de abril de 1792 na praça da Lampadosa no Rio de Janeiro, ele foi esquartejado os pedaços de seu corpo foram distribuídos pelo caminho até Vila Rica, onde sua cabeça foi exibida.

Neste ponto começam alguns mistérios. Por que apenas Tiradentes foi morto? O professor explica: “Ele era o líder que mais divulgava as ideias da Inconfidência. Ao dar muita publicidade à Inconfidência, foi identificado como o principal propagandista e escolhido para ser eliminado pela coroa”.

Mas há também a teoria de que ele era o mais pobre entre seus companheiros, que eram da burguesia.

Nas imagens de Tiradentes, ele aparece de cabelo e barba longos, mas os historiadores  acreditam que como ele era um alferes (tenente do Exército), precisava manter cabelo e barba raspados. 

A cabeça dele foi roubada, e nunca foi encontrada.

O líder foi considerado um exemplo a não ser seguido, odiado pela corte portuguesa, quando o Brasil declarou independência, e ele foi reconhecido como o mais importante rebelde que lutou pela liberdade do país.

Tiradentes é o único personagem brasileiro que possui um feriado nacional em sua homenagem.