Flávio Bolsonaro confirma que tarifa de Trump é manobra para aprovar anistia
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) confirmou que a taxação de 50% contra o Brasil imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é uma manobra política usada como pressão para que a anistia seja aprovada. Em entrevista à CNN, Flávio deixou claro que o governo brasileiro deve atender à exigência do presidente americano para evitar que as taxas "aumentem até a estratosfera".
"O primeiro passo que a gente tem que discutir é sim uma anistia ampla, geral e irrestrita. Porque hoje o Congresso só não aprova essa grande anistia, e isso é um sentimento da maioria esmagadora do Congresso, porque há uma pressão de alguQns ministros do Supremo", afirmou o senador em entrevista à CNN Brasil, nesta quinta-feira (10).
Segundo ele, Trump deixou explícito em sua carta que as tarifas têm como objetivo combater o lawfare no Brasil e defender a liberdade nas redes sociais. "A carta dele é muito clara e muito objetiva, é um combate ao lawfare aqui no Brasil, ele quer lutar pela liberdade que tem que ter nas redes sociais", explicou.
Flávio ainda ressaltou que o Brasil tem até 1º de agosto para sinalizar disposição ao diálogo e aprovar a anistia. "A partir do momento em que não tiver mais ameaça por parte de alguns ministros a esta matéria, está resolvido o assunto", disse. Caso contrário, alertou, Trump pode "aumentar as tarifas contra o Brasil até a estratosfera".
Eduardo confirma articulação
O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, em nota divulgada nessa quarta (9) que articulou com o governo de Donald Trump a imposição da tarifa de 50% contra o Brasil, apontando o STF e o governo Lula como responsáveis pelo que chamou de “afastamento dos valores do mundo livre”. Eduardo, que está nos EUA, disse ter alertado previamente sobre a “escalada autoritária” no Brasil, culpou Alexandre de Moraes por violações à liberdade de expressão e batizou a medida de “Tarifa-Moraes”. Ele defendeu a aprovação imediata de uma anistia ampla e nova legislação para garantir liberdade nas redes sociais, advertindo que, sem essas ações, o país enfrentará consequências ainda mais graves.
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