O pesadelo de viajar na Azul, com cachorro latindo na poltrona ao lado
Você pega um voo São Paulo/Manaus pela Azul, poltronas com problema, sem conforto, sequer reclinam, e duas passageiras com cães latindo na cabine. Três horas e meia de viagem. Imagine o pesadelo...
Muita gente critica o preço da passagem - que de fato é altíssimo - paguei R$ 4 mil no retorno - mas pouca gente questiona o tipo de serviço prestado pelas companhias ou a ausência de conforto absoluto.
Senti-me em um ônibus lotado na Índia, indo para Caxemira, com pessoas e animais. Talvez me sentisse mais confortável.
STJ autoriza empresas aéreas a negar transporte de animais
A razão desse desabafo é justificável. Recentemente o Superior Tribunal de Justiça decidiu que as companhias aéreas não são obrigadas a transportar cachorros e gatos (mesmo os de apoio emocional, apesar das inúmeras decisões de tribunais inferiores), porque segundo os ministros, não há lei específica para tal, e que as empresas aéreas podem e devem recusar pedidos nesse sentido.
É óbvio que essa decisão é positiva, mas sem dúvida vai aparecer um deputado e um senador sem noção propondo projeto de lei para regulamentar a matéria, quando deveriam pleitear aeronaves mais confortáveis e um serviço à altura do preço pago pelos que usam o transporte aéreo no Brasil.
ASSUNTOS: Azul, preço das passagens aéreas, serviço sem qualidade

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.