É dando que se recebe
As mulheres sempre lutaram pela igualdade de direitos. De oprimidas a opressoras, elas viraram um jogo que parecia perdido. São em grande medida as donas do mundo.
É verdade que muitas mulheres ainda são vítimas de violência e isso precisa ser combatido. Mas a virada do jogo é nítida: os homens foram colocados na posição de cidadãos de segunda classe, na medida em que uma infinidade de leis foram criadas para favorecer a versão da mulher sobre violência e assédio.
Em todos esses casos vale a palavra da suposta vítima - sempre a mulher. Isso está fazendo com que muitas delas atribuam a homens falsos atos de violência, suborno, extorsão.
Para algumas, a hora da vingança chegou, com relativo atraso...
Prints de WhatsApp não comprovam golpe do amor e mulher perde ação no TJAM
Num caso julgado pela Justiça do Amazonas, uma mulher que viu o companheiro fazer as malas e desaparecer, afirmou ter sido vítima de trapaça sentimental: emprestou dinheiro ao ex, confiando, segundo revelou, na promessa de devolução. Levou à Justiça prints de conversas, comprovantes de transferência e até boletim de ocorrência.
Ainda assim, a decisão da Justiça foi clara — as provas eram frágeis. Faltava base para converter o drama afetivo em ilícito civil.
Houve amor não correspondido. O que nas telas parece verdade incontestável, no processo judicial nem sempre resiste ao crivo da prova. Ainda bem.
ASSUNTOS: Assédio, Cidadania, mulheres
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.