O vice governador Tadeu de Souza fala como quem tem a  certeza de que comandará o Estado a partir de abril, mês limite para a desincompatibilização do governador Wilson Lima, que tem a intenção  de disputar uma vaga no Senado.

Evidentemente que Tadeu  não falaria com tanta convicção se não tivesse um sinal de que Lima tem mais do que intenção - está determinado a entrar na disputa de uma das vagas abertas com o fim dos mandatos de Eduardo Braga (MDB) e Plínio Valério(PSDB).

A eventual renúncia de Wilson Lima em abril abriria perspectiva de poder do qual Tadeu não parece disposto a abrir mão: disputar o governo do Estado.

Para quem teria apenas nove meses de mandato, entrar na disputa eleitoral como candidato seria temeroso: a máquina pública, com o comando voltado para a eleição,  desestruturaria o estado.

Tadeu, mesmo com um horizonte ainda turvo, faz apostas - e tem quem as acolha. Ele está ingressando no União Brasil, menos por alinhamento ideológico e mais por interesse eleitoral.

O que se espera dos políticos é bom senso, espírito público, num momento de definições e no qual o poder pode caiar em mãos erradas em 2027.

Tem gente fingindo liderar o "bonde das minas". E sabe-se o desastre que isso pode resultar, em caso de uma eventual vitória da  "poderosa", empoderada pela extrema direita.