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Crime organizado mostra a cara e fala outra língua


Por Raimundo de Holanda

27/01/2025 21h43 — em
Bastidores da Política


  • Membros de facções criminosas venezuelanas ingressam facilmente no Brasil e já mostram a cara de forma agressiva, aliados especialmente ao PCC em Roraima e Manaus.

Mesmo com a ajuda da ONU, agora suspensa com a decisão do governo Trump, de interromper a ajuda humanitária dos Estados Unidos à organização, o número de migrantes venezuelanos que entraram no Brasil ultrapassou ano passado a marca de 1,4 milhão desde o inicio da crise no país vizinho. 

Apesar do esforço das autoridades para fazer uma triagem dos que buscam asilo, o acesso a antecedentes criminais dos interessados é vedado pelo governo de Nicolás Maduro. 

Assim, acabam acolhidos no território brasileiro gangues, membros de facções criminosas que agora mostram a cara de forma agressiva, aliados especialmente ao PCC em Roraima e Manaus.

O Brasil tem problemas praticamente insolúveis com o crime organizado e age de forma tardia na tentativa de impedir a contaminação das instituições do estado, que ocorre via concurso público, ou mesmo com a cooptação de autoridades.

A presença de criminosos venezuelanos no Brasil precisa de uma ação mais direta das autoridades, começando pelo aumento das exigências para ingresso dos refugiados no País. 

Da forma como a coisa está sendo feita - muita boa vontade - revela um povo solidário, mas ao mesmo tempo facilita, indiretamente, a entrada de criminosos, resultando em mais violência nas cidades, mais tráfico de drogas, mais exploração ilegal de garimpos, mais gastos com segurança pública.

A suspensão da ajuda humanitária, que deve durar 90 dias, é um tempo para reflexão sobre o ingresso de venezuelanos e se já não foi superada a cota que o  Brasil suporta. 

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ASSUNTOS: gangues venezuelanas, imigrantes, Manaus, PCC, Roraima

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.