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Guerra do garimpo e a riqueza que o País despreza


Por Raimundo de Holanda

13/05/2025 19h22 — em
Bastidores da Política



Depois de destruir pouco mais de 1.200 balsas em garimpos ilegais na Amazônia entre 2023 e 2024, o governo brasileiro não resolveu o problema. Ao contrário, gerou um clima de hostilidade que se espalha pelo interior da região, com ameaças de resistência armada contra ações das forças de segurança.

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As medidas adotadas até aqui pela Polícia Federal e pelo Ibama  se revelaram ineficazes, além de extremamente poluidoras, na medida em que utilizam de  explosivos para destruir balsas, geralmente cheias de mercúrio, produto utilizado para formar liga de ouro, mas que provoca danos ao meio ambiente.

É preciso que o governo brasileiro encontre outros mecanismos para deter o avanço do garimpo ilegal, protegendo rios e florestas. Mas onde existe garimpo  com resultado milionário para seus investidores,  então há  riqueza que o País não pode abrir mão.

Os indígenas vivem em situação de miséria em áreas com riquezas que, quando exploradas, é por grupos criminosos. O custo não é apenas ambiental, pelos métodos artesanais utilizados. É de vida - inclusive das comunidades nativas expostas a riscos de contaminação e doenças.

Chegou a hora de resolver o problema, mapeando áreas onde há ouro e outros minérios,  explorando essa riqueza de forma racional, beneficiando as comunidades originarias e contribuindo para a riqueza do país.

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ASSUNTOS: explosão de balsas, garimpeiros, garimpo ilegal, Ibama, policia federal

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.