Motocicleta, um passaporte para o 'céu'
Com 1,2 milhão de carros, a maioria concentrada em Manaus e um número crescente de motos - cerca de 400 mil - o Amazonas é também um dos estados que mais gasta com atendimento de urgência e emergência.
O número de mortos é grande e recursos fabulosos são gastos apenas nos centros de emergência médica. Os sequelados são muitos e acabam encostados na seguridade social, a um custo altíssimo para a sociedade.
É um quadro difícil de mudar. Depende menos de educação no trânsito, ou mesmo de treinamento para uso da CNH, mas de habilidade na condução especialmente de motos, que poucos têm.
Estima-se que em atendimento de emergência o Estado gaste cerca de R$ 5 milhões mês, mas com internações e cirurgias esse número cresce exponencialmente.
Diante da crise, do alto preço do transporte, a maioria das famílias opta por motos - oferecidas a preços módicos e financiadas a longo prazo. O problema não é a moto - é, como dissemos, a segurança, a habilidade em controlar esse tipo de transporte que por ser de duas rodas traz um risco imenso.
Aí reside o custo humano, para as famílias e para a sociedade.
ASSUNTOS: acidentes, Manaus, mortos

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.