Manaus/AM – Daphny da Silva Guedes, 24, esposa do borracheiro Sidney da Silva Pereira, 31, relatou o desentendimento da vítima com o irmão no momento em que ele foi morto por um vizinho, identificado como Diogo Marcel Dill, conhecido como “Gauchinho”, no bairro Cidade Nova, zona norte.

“Naquele momento eu e meu esposo já íamos entrar, e ele disse ao irmão que iria fechar a borracharia. O irmão respondeu que não era para fechar porque o espaço também era dele. Então eu falei: ‘A gente vai fechar porque amanhã quem vai ficar aqui para limpar sou eu, nenhum de vocês desce para limpar’. Nesse instante ele se alterou, veio brigar comigo, me esculhambar, e meu marido tomou as dores”, contou.

A partir daí, os dois iniciaram um confronto físico em frente à casa, quando uma segunda mulher se envolveu na briga e acabou atingida por um tapa no rosto.

“Meu marido acertou ela sem querer, quando tentava bater no irmão. Ela então jogou uma garrafa para atingir meu marido, mas acabou acertando Carlos, namorado da irmã dele. Depois disso, meu marido voltou a bater no irmão, e novamente a mulher se envolveu e foi atingida”, explicou.

Durante toda a confusão, Gauchinho observava de longe, mas teria aproveitado a oportunidade para se aproximar. Após a briga ser apartada, ele teria provocado Sidney até que o borracheiro se dirigisse em sua direção. Nesse momento, Sidney foi esfaqueado pelo suspeito.

“A festa de Natal era para a gente perdoar o nosso irmão, não para sair matando. Já pensou se todo vizinho que ouve som alto ou paredão resolvesse matar por causa disso? Onde nós vamos parar?”, declarou Francisco Coelho.

A família espera que Gauchinho permaneça preso e seja condenado pela Justiça. O suspeito participou de audiência de custódia na manhã desta segunda-feira (29). A polícia precisou retirá-lo pela lateral da delegacia devido à presença em massa dos familiares da vítima em frente ao prédio.