Trump recebe Zelensky e líderes europeus, que pressionam por cessar-fogo imediato
O presidente dos EUA, Donald Trump, recebeu nesta segunda-feira (18), na Casa Branca, o ucraniano Volodymyr Zelensky e sete líderes europeus para discutir possíveis caminhos para encerrar a guerra contra a Rússia. A reunião ocorre três dias após o encontro de Trump com Vladimir Putin no Alasca, que terminou sem um acordo de cessar-fogo e deixou em aberto pontos-chave para uma negociação.
Trump afirmou que Moscou aceitaria garantias de segurança ocidentais para a Ucrânia, mas líderes europeus insistem em um cessar-fogo imediato como condição básica para avançar. O presidente americano, no entanto, deixou essa prioridade em segundo plano e defendeu um acordo mais amplo e duradouro. Já o Kremlin rejeitou a presença de forças de paz internacionais no território ucraniano.
Antes da reunião ampliada, Trump conversou a sós com Zelensky e não descartou a participação de tropas americanas em uma força de paz — recuo em relação à sua posição anterior. O gesto foi visto por aliados como um avanço, mas divergências permanecem: enquanto Trump pressiona por uma cúpula trilateral com Putin e Zelensky, Macron, Merz e Ursula von der Leyen reforçaram que não há como avançar sem uma trégua inicial.
Durante o encontro, líderes indicaram que eventuais concessões territoriais — proposta defendida por Putin e, em certa medida, apoiada por Trump — só seriam tratadas em uma possível reunião trilateral ou até mesmo quatrilateral. No entanto, a fala inicial de Zelensky, ao agradecer a Trump “pelo mapa”, deu a entender que esse ponto sensível já teria sido abordado de forma mais detalhada dentro da Casa Branca.
Nos bastidores, cresce a especulação sobre possíveis concessões territoriais, hipótese inicialmente rejeitada publicamente por Zelensky. Ao final da reunião, Trump disse estar otimista e anunciou que conversará com Putin ainda hoje, avaliando a possibilidade de organizar um novo encontro com a presença da Rússia.
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