O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (18) que o apoio americano à Ucrânia seguirá independente dos resultados das reuniões realizadas com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e líderes europeus na Casa Branca. O encontro ocorreu no Salão Oval e teve como foco as negociações de paz para encerrar a guerra iniciada pela Rússia em fevereiro de 2022.

Questionado por um repórter sobre a possibilidade de a reunião marcar o "fim do caminho" para a ajuda americana, Trump rejeitou a ideia. "Nunca posso dizer isso. Nunca é o fim do caminho. Pessoas estão morrendo e queremos parar com isso. Então, eu não diria que é o fim do caminho", respondeu o presidente.

A declaração acontece em meio a pressões internas e externas para que os Estados Unidos reduzam os custos do apoio militar e financeiro à Ucrânia. Apesar das críticas, Trump tem sinalizado que pretende manter a assistência, mas também insiste em acelerar um acordo diplomático que encerre os combates.

Desde o início da invasão, a Rússia mantém o controle de cerca de um quinto do território ucraniano. Ainda em 2022, o presidente Vladimir Putin anunciou a anexação de quatro regiões: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia. Moscou continua avançando no leste e não dá sinais de abrir mão de seus objetivos estratégicos.

Enquanto isso, Kiev intensificou os ataques dentro do território russo, atingindo infraestrutura militar e logística. O Kremlin, por sua vez, aumentou as ofensivas aéreas, incluindo ataques com drones. Ambos os lados negam ter civis como alvo, mas milhares de pessoas já morreram desde o início do conflito — a maioria delas ucranianas.

Segundo estimativas americanas, cerca de 1,2 milhão de pessoas foram mortas ou feridas desde fevereiro de 2022. Embora não divulguem números oficiais de baixas, tanto a Ucrânia quanto a Rússia acumulam perdas significativas na linha de frente, o que reforça a pressão internacional por negociações de paz.