Cientistas encontram cauda de dinossauro perfeitamente preservada
Uma pequena parte da cauda de um dinossauro que viveu há mais de 99 milhões de anos foi encontrada por cientistas da Universidade de Geociências da China. O material estava perfeitamente preservado em âmbar, incluindo pele, ossos e até as penas que cobriam o animal.
Âmbar é uma resina fossilizada de árvores que costuma preservar alguns artefatos inestimáveis para a ciência. No filme "Jurassic Park", de 1993, é através do fóssil de um mosquito preservado em âmbar que cientistas conseguiram clonar e reproduzir dinossauros em laboratório.
De acordo com Lida Xing, a pesquisadora que liderou o estudo e assina a pesquisa publicada na revista Current Biology (via National Geographic), a descoberta confirma a suspeita crescente de que, diferentemente do que acreditávamos até poucos anos atrás, os dinossauros tinham, sim, penas como as aves modernas.
O âmbar tem apenas 3,5 centímetros de diâmetro. Análises feitas em laboratório indicaram que a cauda pertenceu a um jovem animal do grupo dos Coelurosauria, um dinossauro com formato semelhante ao de uma galinha, mas de comportamento predatório e com até 3 metros de comprimento. É o mesmo grupo que incluía os tiranossauros.
Ainda segundo Lida Xing, o achado representa um importante avanço nos estudos sobre a evolução dos dinossauros e seu "parentesco" com as aves modernas. A amostra foi encontrada em uma mina de âmbar ao norte de Myanmar, onde acredita-se estar localizada a maior concentração de fósseis do Período Cretáceo (época datada entre 145 milhões e 66 milhões de anos atrás).
A esperança dos pesquisadores é de que, asism que o conflito interno entre o governo de Myanmar e as milícias do Estado de Kachin for resolvido, mais descobertas como essa sejam feitas, com mais cientistas tendo acesso ao local. "Talvez encontremos um dinossauro completo", diz Lida. Informações: Olhar Digital.
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