“Perseguição” e “grande dia”: políticos reagem à ação da PF contra Bolsonaro
A operação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira (18), que teve como alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a sede do Partido Liberal, em Brasília, provocou reações imediatas no meio político. Parlamentares da oposição classificaram a ação como perseguição, enquanto aliados do governo comemoraram o que chamaram de avanço da Justiça.
Entre os oposicionistas, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) utilizou as redes sociais para criticar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, responsável pela determinação das medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), também atacou a operação, afirmando que se trata de uma tentativa de silenciar quem ainda representa “milhões”. Já a deputada Carol de Toni (PL-SC) qualificou a ação como “inacreditável” e “perseguição”.
Do lado governista, o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP) reagiu com a frase “Grande dia!”, seguida por manifestações semelhantes de outros parlamentares da base do governo. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, disse que Bolsonaro “vai pagar por todos os seus crimes”. A deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP) reforçou o coro ao afirmar que “o grande dia está cada vez mais próximo”.
A operação da PF foi motivada por suspeitas de tentativa de fuga de Bolsonaro para os Estados Unidos. A defesa do ex-presidente afirmou ter recebido as medidas cautelares com “surpresa e indignação”. Após cerca de duas horas de buscas, os agentes deixaram a residência do ex-presidente, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso.
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