Advogados de Bolsonaro decidem mudar estratégias após confissão sobre tornozeleira
Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro anunciaram que devem mudar as técnicas de defesa depois que ele confessou ter usado um ferro de solda para tentar violar a tornozeleira eletrônica.
A revelação, feita durante depoimento e confirmada pela Polícia Federal, reforçou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de decretar a prisão preventiva no sábado (22).
Inicialmente, a defesa sustentava que a prisão era fruto de perseguição política e religiosa. Com a confissão, os advogados passaram a adotar uma linha mais técnica, apostando em embargos infringentes para tentar levar o caso ao plenário do STF. O objetivo é questionar a condenação de 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado, decidida pela 1ª Turma da Corte em setembro.
Além disso, a defesa insiste na aplicação da detração da pena, para que o tempo de prisão preventiva seja descontado da eventual pena definitiva. Os advogados têm até esta segunda-feira (24) para protocolar os novos recursos.
Bolsonaro permanece na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, após audiência de custódia que confirmou a legalidade da prisão. Michelle Bolsonaro recebeu autorização para visitá-lo, mas os filhos tiveram os pedidos negados pela Justiça.
Aliados chegaram a afirmar nos bastidores, que o ex-presidente estava mentalmente e confuso e ouvindo vozes quando tentou alterar a tornozeleira, mas a confissão também fez cair por terra essa tese.
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