A vida que Filó levava era invejada até pelo Ibama
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente se incomodou com uma capivara que vive no luxo de uma fazenda em Autazes, no Amazonas. Seu nome: Filó. Sem muita noção do detalhamento da multa aplicada ao fazendeiro Agenor Tupinambá, o Ibama alegou que ele "explorava a imagem do animal silvestre mantido em situação de abuso". Incomodou aos técnicos do Instituto do Meio Ambiente os vídeos que Agenor publicava nas redes sociais em companhia do roedor.
Filó, na verdade, foi acolhida na fazenda e tratada como membro da família do fazendeiro. A ação do Ibama foi excessiva.
Mesmo com uma legislação rígida sobre a posse de animais silvestres, é preciso entender que cada caso é um caso. O do fazendeiro com Filó é especial. Há ali uma genuína amizade entre homem e animal. E há respeito.
Filó, se pensasse, mandaria os técnicos do Ibama viverem em áreas já devastadas, onde os alimentos escassearam. Certamente acabariam em um lago devorados por jacarés famintos.
Por falar em Ibama, em nota ontem o Instituto nega que tenha confiscado 2,5 mil cabeças de gado no Estado do Amazonas, por supostamente ocuparem áreas devastadas. Na verdade, segundo a nota, o Instituto “apreendeu". No final da nota, mal escrita, explica a diferença entre confiscar e apreender.
Que legal! Esse e o País do politicamente correto, mas tão imperfeito…
Agenor Tupinambá e Capivara pic.twitter.com/CvcAiE6qgh
— Portal do Holanda (@portaldoholanda) April 18, 2023
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ASSUNTOS: Amazonas, Capivara, confisco de gado, Filó, Ibama
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.