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Sexo antes, durante e depois do Carnaval


Por Raimundo de Holanda

22/02/2020 19h49 — em
Bastidores da Política


  • No momento em que prevalece a política de abstinência sexual em detrimento de campanhas para o uso de preservativos, a impressão que fica é que um grupo de assexuados se apoderou do poder e  flutua entre a estupidez e a hipocrisia.

Uma relação sexual saudável é algo muito bom. Mas aquela na qual homem e mulher não vêem limites é melhor ainda. Melhor porque eles caem de cabeça, usam os sentidos, todos os sentidos. Sem pensar que depois  da explosão, que acalma - e como acalma - aparecem os efeitos colaterais, como a gravidez, as doenças e até o abandono. Mas defender a abstinência sexual para não engravidar ou contrair doenças - em detrimento de uma ampla campanha para o uso de preservativos - é a negação da origem do próprio homem.

E quando a proposta vem do governo a impressão que fica é que um grupo de assexuados se apoderou do poder e  flutua entre a estupidez e a hipocrisia.

Não se viu nestes dias de carnaval nenhuma campanha para o uso de preservativos, que estão sobrando na rede pública de saúde.  Pela primeira vez o governo federal foi na onda da abstinência sexual e seu resultado pode ser catastrófico.

No  vácuo deixado pela  falta de noção da ministra Damares e de todo o governo do “cristão”  Bolsonaro, uma rede de drogarias entrou na onda para faturar -oferecendo um kit de carnaval pra lá de  erótico, com  camisinhas, lubrificante e cialis. Tudo por menos de R$ 10,00.  E o estoque está acabando...

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ASSUNTOS: Abstinência sexual, camisinha, carnaval, cialis, Damares, erotismo, sexo

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.