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O que torna Amazonino especial é a sua história


Por Raimundo de Holanda

13/01/2022 21h33 — em
Bastidores da Política



Amazonino Mendes, 82 anos, é o nome mais citado em pesquisas eleitorais para o governo do Amazonas nas eleições deste ano. E se o eleitor lembra de seu nome e parece disposto a votar nele, o ex-governador não sai do pensamento de seus eventuais adversários. Uns, porque o admiram e gostariam de firmar aliança com ele. Outros, porque entendem que é difícil vencer o homem que tornou-se mito e é a grande referência politica dos últimos 60 anos, depois de Gilberto Mestrinho. Outros, ainda, porque gostariam que sua história se encerrasse rapidamente, com os sinos dobrando e o tempo se fechando definitivamente para ele…

Esses são lobos, vampiros da politica que conspiram contra a vida e se espalham na noite das redes de intriga que já conhecemos. Não prevalecerão.

Quantas “noticias" falsas surgiram nos últimos anos anunciando a morte de Amazonino? Muitas. Muitas vão surgir ainda, com maior perversidade, tentando destruir sua biografia, questionando sua saúde, sua historia.

Mas o que torna Amazonino especial aos 82 anos? Afinal, ganhou e perdeu eleições. Seus governos foram marcados por realizações, mas não estiveram imunes a erros, pequenos escândalos e a frases impopulares, ditas no calor da emoção.

O que torna Amazonino especial é sua história resgatada para preencher esse vácuo aberto pelas novas lideranças políticas. O esgotamento da confiança nas transformações que as novas gerações  de políticos prometeram e não concretizaram. A necessidade de reconstrução da politica a partir do entrelaçamento de fios que se soltaram ao longo dos anos  e que deixaram todo um povo nu, sem vestes e sem esperança.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.