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O julgamento de Bolsonaro


Por Raimundo de Holanda

01/09/2025 18h42 — em
Bastidores da Política



O que vai acontecer após o julgamento de Bolsonaro? O país será pacificado? Improvável. O risco da polarização crescer é muito grande, com impacto no funcionamento das instituições, na economia e no dia a dia dos brasileiros.

Mas será um espetáculo e, enquanto durar, vai animar muita gente. 

O brasileiro adora circo. Ou 500 jornalistas não teriam se credenciado para a cobertura de um evento midiático, que será capa de jornais e sites em todo o mundo.

Não que Bolsonaro não mereça ser julgado - condenado ele já foi,  mesmo antes do julgamento. O problema é a fórmula como o processo está andando e o meio pelo qual os juízes se manifestam de forma hostil ao ex-presidente, o que antecipa de forma clara a sua condenação.

Essa página não dá para ser virada, especialmente em ano pré-eleitoral. O risco de um incêndio é muito grande...

Primeiro, porque os donos do poder não querem. A polarização ajuda a manter o uso da força e a abusiva violação a direitos  fundamentais sob o verniz de uma "democracia" que só serve a eles.

Segundo, porque são presunçosos, à medida que o poder os embriaga. 

A última do ministro Roberto Barroso é um exemplo de arrogância. Ele traça o futuro diante de quatro paredes e de uma janela fechada: "O que me preocupa é o extremismo", diz ele, e do alto de sua arrogância sapeca: "Acho que em breve nós vamos empurrar o extremismo para a margem da história e teremos uma política em que estarão presentes conservadores, liberais, progressistas, como a vida deve ser”. 

Empurrar como? Com  novas prisões e julgamentos apressados, em nome de um "estado democrático de direito" que  serve somente a eles ?

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ASSUNTOS: Alexandre de moraes, Julgamento der Bolsonaro, STF

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.