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A Manaus oculta


Por Raimundo de Holanda

11/09/2023 20h49 — em
Bastidores da Política


  • Há uma Manaus oculta que cresce de Norte a Sul, de Leste a Oeste. Uma cidade invisível para o poder público, mas ordenada pelo crime organizado. Nas ruelas, o símbolo de quem manda, de quem dita as regras de convivência e onde o toque de recolher deve ser respeitado: CV, PCC.

Os  fenômenos naturais - grandes tempestades, por exemplo - podem ser previstos e se causam destruição e mortes é porque as previsões meteorológicas falharam ou ainda porque grandes aglomerados humanos foram  assentados em áreas de risco, com a cumplicidade do poder público.  Em toda tragédia, mesmo aquelas produzidas pela natureza, há erro humano.Ou ausência do Estado. 

Manaus, por exemplo, está cheia de casebres em áreas de barranco ou em cima de igarapés. 

Está escrito o que  vai acontecer no próximo inverno, ou  antes disso, numa inesperada chuva de verão.

Há uma Manaus oculta  que cresce de norte a sul, de leste a oeste. Uma cidade invisível para o poder público, mas ordenada pelo crime organizado. Parte da área cortada pela Avenida das Torres até a entrada de Am-10 está tomada por invasões. O Porto da Ceasa, uma entrada da cidade, foi ocupada por invasores. Na Colônia Antônio Aleixo  o processo de invasão é intenso e ninguém faz nada. 

Nas ruelas, o símbolo de quem manda, de quem dita as regras de convivência e onde o toque de recolher deve ser respeitado: CV, PCC.

São nesses locais distantes, isolados e esquecidos que está também o cidadão que vota - que elege Lulas e PTs. Massa de manobra de políticos inescrupulosos.  

Gente de valor, mas sem poder aquisitivo para se inscrever no “Minha casa, Minha vida”, um programa do governo federal feito para quem tem renda de R$ 2,6 mil a R$ 8 mil. Casa Para bacana… 

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.