Lula a um passo de se tornar figura tóxica para aliados dissimulados
A queda na popularidade do presidente Lula afeta toda a sua base de apoio, composta especialmente pelo Centrão. Se piorar, a debandada será inevitável.
Afeta especialmente porque seus aliados de plantão enfrentam eleições no próximo ano e se afastariam se a figura de Lula se tornar tóxica.
Dilma Rousseff serve de exemplo. O maior partido de sua base, MDB, saiu do governo e votou pelo seu afastamento, inclusive o ex-ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, senador pelo Amazonas.
Uma crise de popularidade, o que parece começar a ser desenhada, resultaria em movimento pelo afastamento de Lula, abrindo espaço para o vice-presidente, Geraldo Alckmin.
Esse é um cenário que Lula pode evitar, prometendo menos e fazendo mais.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.