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Hora de salvar a Amazônia e desenvolver o País


Por Raimundo de Holanda

20/05/2025 21h32 — em
Bastidores da Política



Desde 1910 o Brasil busca mecanismos  para a proteção dos povos originários. Ao incluir na Constituição de 1988 o direito dos indígenas à terra, obrigando o Estado a demarcá-las, os constituintes ensejavam a dignidade, a proteção da cultura, da vida, da saúde de comunidades isoladas. Mas o resultado foi a segregação de várias etnias em nome de uma proteção que só existe no papel.

Fome, medo, preconceito,  violência e morte mancharam de sangue a terra prometida.

A proteção promovida pelo estado brasileiro chegou como sinônimo de isolamento e foi implantada como força de ocupação. 

Os índios foram afastados de um mundo novo e de oportunidades de usufruir de riquezas sobre as quais viveram e enterraram seus antepassados por séculos.

A descoberta de jazidas de minérios - especialmente ouro e diamantes nessas áreas - chamou a atenção não apenas de invasores dispostos a enriquecer a qualquer preço, mas de organizações religiosas e Ongs. 

As igrejas atuam em nome de um Deus cujos apóstolos espalham crenças desconhecidas e perversas para  gente simples de outra cultura, mas quer receber em troca metais preciosos e segredos milenares de cura.

As ongs,  sob o discurso de proteção da floresta, contrabandeiam   riquezas e patrocinam pesquisas para governos estrangeiros.

Isso num País continental e numa região com fronteiras praticamente abertas a invasões de todo tipo, inclusive militar.

Isso precisa mudar. Ou o Brasil se dá conta do risco que corre - inclusive de guerrilhas criadas para desestabilizar a região e promover interesses de governos estrangeiros - ou perderá a grande oportunidade de explorar as riquezas existentes nessas áreas, compartilhando com os povos originário seu usufruto, assegurando suas fronteiras e promovendo o desenvolvimento socioeconômico da região como um todo.

Mas como fazer isso,  senão começando do zero. Aprimorando o Estatuto do Índio, revisando a demarcação de terras e ligando de forma efetiva a região ao resto do país pela única via aberta, mas abandonada: a BR 319. O desafio está lançado e o tempo está correndo.

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ASSUNTOS: garimpeiros, Marco Temporal, ouro, terra indígena

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.