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Desejos e traições. O negócio da fé


Por Raimundo de Holanda

09/11/2016 23h39 — em
Bastidores da Política



Uma igreja é um bom negócio. Dá lucro para os pastores e " liberta" os fiéis de doenças e pecados. E há quem prospere com as correntes de fé. Mas estão ficando vazias.

Em tempos de muita informação e uma crescente guinada para o ateismo e o consumismo, esse discurso da fé está morrendo e os pastores agora procuram diversificar. Que tal apontar uma cura milagrosa para o "chifre" ?

É o que  está  fazendo a Nova Igreja Batista, numa tentativa de atrair casais  em crise, separados pelo desejo e pela traição conjugal. A sessão "Chifre, como evitar", começa nesta sexta, 11, na sede da igreja, na avenida Torquato, na Colônia Santo Antonio, em Manaus. O tema escolhido foi infeliz. A estratégia para atrair novos fieis, também.

Qual chifrudo vai aparecer?   A igreja, ao escolher o tema, pode ter criado uma porta nos fundos para a saida dos feis que restaram.  Faltou o que esse negócio da fé mais preza: criatividade.  (RH)

LEI APROVADA

A Assembleia Legislativa aprovou ontem a lei que autoriza o governo do Estado a dar garantia ao Tesouro Nacional pelos R$ 178 milhões que tem direito de receber referente aos royalties do petróleo e gás produzidos em Urucu. Por causa de um erro de cálculo da Petrobras, esse montante foi repassado à União, quando deveria ter sido pago ao Estado do Amazonas. O governo recorreu à justiça, ganhou a causa, mas a petroleira recorreu, podendo haver uma reversão da decisão inicial. Através de um acordo com o governo federal, o Amazonas vai receber logo esse dinheiro, oferecendo em contrapartida a garantia de que será devolvido, caso perca o recurso. 

DISPUTA NA ALEAM

Quando tudo parecia tranquilo e a candidatura do líder do governo David Almeida, à presidência, parecia caminhar para o ‘consenso’ da base aliada, o plenário da Assembleia começou a ser palco esta semana de dissidências explícitas. Que na sessão de ontem culminou com a abertura da temporada de novas candidaturas, quando o líder do PT, Sinésio Campos decidiu que ele já tem tempo de mandatos e cancha política para ser presidente. Contestado pelo colega de partido José Ricardo, que também ‘declamou’ sua vontade de disputar o cargo, Sinésio foi duro: pediu que Zé engolisse a vontade, “porque subalterno não pode tomar o lugar do superior”. 

OURO EM PÓ NO MADEIRA

O rio Madeira é palco de garimpagem desde o início do século passado, quando foi descoberto que em seu leito corre um mineral mais precioso que a água, o ouro em pó. E ontem o deputado Bosco Saraiva denunciou a existência de mais um grande garimpo fluvial instalado no rio, na comunidade Sana Rosa, em Novo Aripuanã. Segundo ele, como ‘por encanto’ surgiram de repente mais de 600 balsas de garimpeiros, numa área que está dentro da RDS do Rio Madeira, protegida por lei ambiental. “É uma verdadeira corrida do ouro, e as autoridades precisam tomar providências”.

DITADURA BRANCA

Dois bicudos que não se beijam nunca, os deputados Dermilson Chagas (PEN) e Orlando Cidade (PTN) continuam às turras no Parlamento Estadual. Ontem Dermilson usou a tribuna para atacar ferozmente Cidade, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Aleam.

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Segundo ele, na comissão há uma “ditadura branca” que escolhe ao seu bel prazer os projetos  para tramitação na Casa. Ele protestou contra o que classificou de “boicote” na CCJR ao Projeto de Resolução Legislativa 17/16, de sua autoria, que pretende alterar o Regimento Interno da Aleam.

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O projeto, relatado pelo deputado Abdala Fraxe (PTN), tira do presidente do Poder a prerrogativa de indicar relator para qualquer matéria considerada regime de urgência, transferindo para o presidente da cada comissão a responsabilidade de relatar matérias urgentes ou prioritárias. Ele se queixa que o seu projeto empacou nas gavetas da CCJR que, conforme afirmou, o trata de forma discricionária, impedindo-o de legislar.

 

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ASSUNTOS: chifre, cristo, fé, igreja Batista, Manaus, traição

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.