Armadilha econômica e política
- Como bandeira política, a ZFM não cola mais, perdeu aderência.
- O ano eleitoral (2026) muito provavelmente mostrará as fissuras do modelo e deixará candidatos que empunham essa bandeira sem discurso.
A Zona Franca de Manaus ainda enfrenta desafios. Os ganhos obtidos com a Reforma Tributária foram vitórias de pirro. No primeiro momento de sua vigência vai anabolizar o lucro das empresas, mas dificilmente resultará em novos empregos, nem em ganhos para os trabalhadores.
É falsa a notícia de que muitas empresas já manifestam interesse em se instalar em Manaus, em razão de incentivos mantidos na Reforma Tributária. Como é falsa a afirmação de que no último ano foram criados 120 mil novos empregos.
A insegurança jurídica permanece e é mais aguda agora, pois a Reforma Tributária aprovada ano passado estabelece meio e fim para o modelo. O "meio" é agora, a transição para o sepultamento é que deve ser traumática.
Como bandeira política, não cola mais, perdeu aderência.
A unificação dos impostos terá pouco impacto na vida dos consumidores, que poderão pagar mais pelo consumo de bens duráveis e alimentos.
O ano eleitoral (2026) muito provavelmente mostrará as fissuras do modelo e deixará políticos que empunham essa bandeira sem discurso.
Vivemos um tempo extraordinário, onde os mais fortes ditam as regras do jogo. E o "lance" econômico do Sul-Sudeste é muito poderoso.
ASSUNTOS: eleiçoes 2026, Manaus, REFORMA TRIBUITÁRIA, ZFM

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.