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Armadilha econômica e política


Por Raimundo de Holanda

17/03/2025 20h01 — em
Bastidores da Política


  • Como bandeira política, a ZFM não cola mais, perdeu aderência.
  • O ano eleitoral (2026) muito provavelmente mostrará as fissuras do modelo e deixará candidatos que empunham essa bandeira sem discurso.

A Zona Franca de Manaus ainda enfrenta desafios. Os ganhos obtidos com a Reforma Tributária foram vitórias de pirro. No primeiro momento de sua vigência vai anabolizar o lucro  das empresas, mas dificilmente resultará em novos empregos, nem em ganhos para os trabalhadores.

É falsa a notícia de que muitas empresas já manifestam interesse em se instalar em Manaus, em razão de incentivos mantidos na Reforma Tributária. Como é falsa a afirmação de que no último ano foram criados 120 mil novos empregos.

A insegurança jurídica permanece e é mais aguda agora, pois a Reforma Tributária aprovada ano passado estabelece meio e fim para o modelo. O "meio" é agora, a transição  para o sepultamento é que deve ser traumática.

Como bandeira política, não cola mais, perdeu  aderência.

A unificação dos impostos terá pouco impacto na vida dos consumidores, que poderão pagar mais pelo consumo de bens duráveis e alimentos.

O ano eleitoral (2026) muito provavelmente mostrará as  fissuras do modelo e deixará políticos que empunham essa bandeira sem discurso.

Vivemos um tempo extraordinário, onde os mais fortes ditam as regras do jogo. E o "lance" econômico do Sul-Sudeste é muito poderoso.

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ASSUNTOS: eleiçoes 2026, Manaus, REFORMA TRIBUITÁRIA, ZFM

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.