Explosão em obra da linha 6-laranja do metrô de SP provoca nuvem de fumaça
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Moradores do bairro da Água Branca, na zona oeste de São Paulo, levaram um susto na manhã desta segunda-feira (16) por causa de uma explosão, seguida de nuvem de fumaça, no canteiro de obras da estação Água Branca da futura linha 6-laranja do metrô.
O problema ocorreu no transporte de concreto de um caminhão betoneira ao silo, onde ele é armazenado, e que não estaria bem conectado. Não houve feridos. Uma sirene com alerta de acidente foi ouvida no momento.
De acordo com a concessionária Linha Uni, consórcio responsável pela obra e pela gestão do ramal em sistema de concessão por 30 anos, durante procedimento rotineiro de abastecimento de matéria-prima na central de concreto localizada na rua Menfis, 63, "foi registrada uma ocorrência pontual", controlada pela equipe técnica.
Não houve dano estrutural. "As equipes seguem no local para realizar as devidas verificações e garantir o pleno restabelecimento da normalidade", diz trecho da nota.
Com 47,8 metros de profundidade, a estação Água Branca está com 81,7% das obras concluídas e faz parte da primeira etapa de funcionamento da linha 6.
O trecho entre Brasilândia e Perdizes tem previsão de entrega para o segundo semestre de 2026. O traçado entre Perdizes e São Joaquim deve entrar em operação em 2027, de acordo com o governo estadual.
A estação fará integração com a linha 7 da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos). É da Água Branca que deverá sair o o TIC (Trem Intercidades), que vai ligar a capital paulista à cidade de São Paulo.
Prometida inicialmente para começar em 2010, a obra da linha 6 sofreu uma série adiamentos e efetivamente teve início em 2015, com previsão de entrega em cinco anos. A construção acabou paralisada em 2016, sendo retomada em 2020 com a atual concessionária.
Houve ainda a interrupção inesperada de sete meses em parte dos trabalhos, quando uma outra cratera afundou o asfalto na marginal Tietê, em fevereiro de 2022, por causa do rompimento de uma tubulação de esgoto.
Outros acidentes marcaram a sequência de obras da linha, considerada a maior obra de infraestrutura da América Latina e cujas 15 estações estão sendo construídas simultaneamente, assim como o ramal. Quando concluída, a linha deve transportar cerca de 630 mil pessoas por dia.
Em um deles, em dezembro do ano passado, a passagem da máquina tuneladora, conhecida popularmente como tatuzão, causou abertura de cratera nas obras da estação Bela Vista, na região do cruzamento da avenida Brigadeiro Luís Antônio com a rua Rui Barbosa, no centro de São Paulo.
Um muro e partes de um teatro desativado, vizinho às obras, desabaram. Não houve feridos.
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