Pai preso por estuprar filho obrigava criança a ver cenas de sexo entre ele e a madrasta
Manaus/AM - O pai de 52 anos preso por estuprar e filmar o próprio filho, um menino de 9 anos, também obrigava a criança a assistir as relações sexuais entre ele e a madrasta.
“Ele obrigava a criança a assisti-lo em relações íntimas com a companheira dele. Ele filmava os abusos cometidos contra a criança do mesmo modo que ele filmava as relações que ele tinha com a companheira e mostrava para criança. Ou seja, a partir dos primeiros abusos ainda com 7 anos já era apresentado essas cenas para ele filmar”, afirma a delegada Joyce Coelho.
De acordo com Joyce, o menino morava com o pai e era vítima de agressões constantes. Além disso, ele era estuprado pelo homem desde os sete anos.
A madrasta não sabia dos abusos, mas um dia, quando os dois estavam sozinhos em casa, a criança contou que o pai a violentava e ainda filmava os crimes.
“Quando ele contou pra essa madrasta, que o pai o abusava sexualmente também, não apenas o obrigava a assistir às cenas, essa madrasta deixou esse homem e relatou o fato para a genitora”, diz Joyce.
A mãe visitava a criança uma vez por mês e acabou recebendo informações de que a criança era agredida fisicamente pelo pai. Por conta disso, ela entrou em contato com a ex-esposa do homem e a questionou sobre o assunto.
A partir daí, a mulher decidiu contar toda a verdade e disse que não havia falado nada antes porque era ameaçada pelo marido estuprador.
“A ex-madrasta da criança acabou contando que além de agressões físicas, que ele sofria também violência doméstica, o pai o abusava sexualmente. Então a mãe entrou em contato com a criança e o menino relatou tudo que estava acontecendo e em seguida, eles vieram até a delegacia para noticiar os fatos”.
Apesar da denúncia ter sido feito em junho, o homem foi preso nessa quinta-feira (14), no bairro Coroado, mas o menino já havia sido entregue à mãe logo após a denúncia.
Na delegacia, o homem negou os crimes, mas exames periciais comprovaram que o menino era agredido e foi abusado várias vezes. Ele está bastante traumatizado e recebe atendimento médico e psicológico.
Além do pai, a madrasta também vai responder criminalmente porque sabia que a criança era agredida e exposta à cenas sexuais.
“Há sim, uma parcela de responsabilidade também, no sentido de que ela assistia que a criança estava assistindo os atos e ela permitia né, e isso também é abusar sexualmente por mais que não tenha o toque físico, mas a criança está ali aos 9 anos de idade presenciando aquilo”, explica Joyce.
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