Universal vence batalha contra obreira ferida durante queima de fogos por pastores
A Igreja Universal conseguiu na Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Amazonas anular a decisão interlocutória do juiz aposentado Rômulo José Fernandes da Silva, da 20ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho da Comarca de Manaus, que determinou em 2009 o levantamento de mais de R$ 199 mil da instituição religiosa para pagamento de danos moral e estético à doméstica Lidiane Adriana Freitas Dias, 27 anos.
Para reformar a decisão de primeiro grau, o desembargador Paulo César Caminha e Lima apontou “a inexistência de motivação e publicidade da decisão agravada", o que impediu, segundo ele, "o exercício dos princípios da ampla defesa e do contraditório”.
Entenda o caso
A doméstica Lidiane Adriana foi a Justiça, cinco anos depois de ser queimada por fogos de artifícios na tarde do dia 28 de agosto de 1999, quando ainda tinha 14 anos de idade.
Lidiane disse que participava da Copa Universal de Futebol, realizada pela igreja,no Clube do Trabalhador, localizado na avenida André Araújo, Aleixo, Zona Leste. Afirmou que estava sentada na arquibancada quando começou um show pirotécnico e ela foi atingida por um dos fogos soltados pelos pastores e obreiros da Universal.
A vítima revelou que que desmaiou e quando acordou estava internada no Pronto-Socorro João Lúcio, na Zona Leste.
O acidente lhe causou dor, deformidade e impotência funcional no braço e antebraço esquerdo.
Batalha
Lidiane, que sofreu o acidente aos 14 anos, só foi a Justiça, cinco anos depois, quando já tinha 19 anos, para iniciar uma batalha contra a Igreja Universal.
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