China impõe tarifas de 10% a 15% sobre produtos dos EUA em resposta a Trump
A China impôs tarifas adicionais de 10% a 15% sobre produtos agrícolas dos Estados Unidos, como parte de uma resposta a novas tarifas de importação estabelecidas pelo presidente norte-americano, Donald Trump. As tarifas afetam itens como soja, frango, milho e carne bovina e suína, com impacto potencial em cerca de US$ 21 bilhões em exportações. A medida intensifica as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo e pode sinalizar o início de uma nova guerra comercial.
O governo chinês também anunciou restrições adicionais a 25 empresas dos EUA, alegando questões de segurança nacional, e ações contra práticas antidumping. Essas sanções acontecem após Trump ter imposto uma tarifa de 10% sobre importações chinesas, o que resultou em um aumento cumulativo de 20% em alguns produtos. A disputa está esquentando, com ambos os países trocando acusações sobre práticas comerciais desleais e a China questionando a postura agressiva de Trump.
Essas ações reforçam a escalada da guerra comercial, especialmente no setor agrícola, que é vulnerável a retaliações em tempos de crise. A China, o maior mercado para os produtos agrícolas dos EUA, já vinha sendo alvo de tarifas anteriores, e analistas veem a situação como uma possível prolongação das tensões, dificultando a chance de um acordo pacífico. A China também anunciou a suspensão de licenças de importação de algumas empresas e a inclusão de outras na lista de entidades não confiáveis.
Além disso, as tarifas de Trump começaram a afetar também o Canadá e o México, com impostos de 25% sobre todas as importações desses países, o que gerou reações negativas dos governos locais. As medidas podem afetar negativamente o comércio global e agravar os temores de inflação e desaceleração econômica. A situação continua instável, com os mercados reagindo de forma volátil às ações protecionistas do presidente dos EUA.
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