'Serial killer' que envenenava colegas em SP fazia questão de alertar a polícia
Ana Paula Veloso Fernandes, estudante de Direito de 36 anos, que está sendo investigada pela Polícia Civil de São Paulo por envenenar e matar pelo menos quatro pessoas entre janeiro e maio deste ano, em São Paulo e no Rio de Janeiro, tinha o hábito de ligar para a polícia após os crimes, atuando como denunciante ou testemunha para manipular as investigações e desviar suspeitas sobre si mesma. A versão foi revelada pelas investigações.
O comportamento de Ana Paula chamou atenção em janeiro, quando denunciou o vizinho Marcelo Fonseca, em Guarulhos, que havia sido envenenado dias antes. Meses depois, em maio, ela voltou a acionar a polícia sobre a morte de Maria Aparecida Rodrigues, utilizando um nome falso e alegando que a vítima teria sido assassinada por um policial militar. Em todos os casos, a suspeita acompanhava de perto o andamento das apurações, criando bilhetes, inventando ameaças e pressionando para que as investigações seguissem suas versões.
Ana Paula e a irmã gêmea, Roberta Fernandes, também investigada por participação nos crimes, estão presas preventivamente. O caso é acompanhado pelo Núcleo de Análise Comportamental do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo o delegado Halisson Ideião, Ana Paula demonstra prazer em matar e em ser vista como a pessoa que descobre os crimes, independentemente da motivação dos homicídios.
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