PF indicia Bolsonaro e mais 34 por esquema de espionagem na Abin

A Polícia Federal concluiu o inquérito sobre um suposto esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 34 pessoas envolvidas no caso. As investigações apontam que o grupo teria utilizado a estrutura da Abin para monitorar adversários políticos durante o governo Bolsonaro (PL).
Com a finalização do relatório, o material foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que agora o repassará à Procuradoria-Geral da República (PGR). O Ministério Público será responsável por decidir se apresenta denúncia contra os investigados, se solicita novas diligências ou se arquiva o caso. A partir desse ponto, todas as decisões passam por análise do STF.
O indiciamento ocorre ainda na fase de investigação criminal e não significa que os envolvidos se tornaram réus. O procedimento é feito pelo delegado quando há indícios de crime, com base nas provas e informações colhidas ao longo da apuração. O relatório da PF detalha os supostos delitos e a participação de cada investigado.
Caso a PGR opte por apresentar denúncia, os envolvidos terão 15 dias para apresentar defesa escrita. Se o STF aceitar a denúncia, os acusados passam à condição de réus e o processo segue para a fase de instrução, com coleta de provas e depoimentos. Após essa etapa, os ministros da Corte julgarão se os réus serão condenados ou absolvidos.

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