Lula e Bolsonaro se opõem à PEC do semipresidencialismo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro expressaram publicamente suas críticas à proposta de semipresidencialismo no Brasil, que visa alterar o regime de governo do país. A proposta, apresentada pelos deputados Luiz Carlos Hauly e Lafayette Andrada, sugere uma divisão de poderes, onde o presidente atuaria como "chefe de Estado" e um primeiro-ministro, escolhido pelo Congresso, como "chefe de governo". Apesar de seu apoio, a ideia enfrentou resistência significativa de líderes proeminentes, incluindo o PT, que não apoiou a apresentação da proposta.
Lula manifestou oposição à mudança, especialmente considerando a possibilidade de sua reeleição, enquanto Bolsonaro, no passado, chegou a descrever a ideia como "besteira" e "idiota". Em contraste, o ex-presidente Michel Temer é um defensor fervoroso do semipresidencialismo, sugerindo que sua implementação ocorra apenas em 2030, evitando impactos sobre o atual governo.
Com 33 assinaturas do PL, a proposta ainda representa uma minoria em relação aos 92 deputados do partido na Câmara. A mudança de regime se baseia na ideia de que o Poder Legislativo teria mais influência em questões orçamentárias e que o primeiro-ministro poderia ser substituído com mais facilidade durante crises políticas.
A proposta, que foi protocolada na Câmara dos Deputados na última quinta-feira (6), reflete um debate contínuo sobre a estrutura do governo brasileiro, envolvendo figuras de destaque e suas visões divergentes sobre a eficácia e a necessidade de uma reforma no sistema político do país.

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