Crise do metanol faz Câmara pautar projeto sobre falsificação engavetado há 6 anos
Em meio à onda de intoxicações por bebidas adulteradas com metanol, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), colocou na pauta de votação o requerimento de urgência de um projeto que transforma a falsificação de bebidas alcoólicas em crime hediondo.
A proposta estava parada há seis anos e, originalmente, fazia parte de um projeto de 2007, que tratava apenas de alimentos. Com a decisão de Motta, um novo texto será elaborado para incluir tanto alimentos quanto bebidas, atendendo a pressões da indústria, que enfrenta crescimento de casos de adulteração.
“Anuncio que estão incluídos na pauta de votações de amanhã dois requerimentos de urgência. Um para o PL 2307/2007, que torna crime hediondo a falsificação de bebidas”. Outro para o PL 2810/2025, que aumenta a pena do crime de pedofilia, prevê monitoramento eletrônico dos condenados por crime sexual, entre outras medidas”, disse Motta.
Nos últimos dias, intoxicações e mortes por consumo de bebidas com metanol foram registradas em São Paulo e em Pernambuco, aumentando a pressão sobre o Congresso. A Polícia Federal abriu inquérito para apurar os casos.
Até o momento, são 41 notificações de casos suspeitos. A avaliação do governo é que o número deve aumentar ao longo dos próximos dias, em razão do reforço das medidas de vigilância.
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