Azitromicina não tem efeito em pacientes graves de Covid-19, aponta estudo
Uma pesquisa brasileira liderada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês. Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, pelo Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet) concluiu que os pacientes com sintomas graves de Covid-19 não apresentaram melhoras ao serem medicados com o antibiótico Azitromicina. Os resultados foram publicados na revista científica The Lancet, uma das mais prestigiadas do mundo. As informações são da Folha de São Paulo.
De acordo com o estudo, aproximadamente 397 pacientes foram divididos em dois grupos. Em um deles (214 pessoas), os enfermos foram tratados com doses diárias de azitromicina mais tratamento padrão. Em outro, apenas o tratamento padrão. O tratamento padrão incluía todas as medidas de suporte hospitalar, uso de outros tratamentos como antivirais e, conforme padrão da época da realização do estudo, hidroxicloroquina.
Os pacientes foram acompanhados durante 29 dias. A análise feita 15 dias após o início dos tratamentos mostrou que não houve diferença entre os dois grupos estudados na chance de os pacientes apresentarem melhora. Não houve diferença importante na mortalidade entre o grupo que recebeu a azitromicina e tratamento padrão (incluindo hidroxicloroquina) e o grupo que recebeu apenas tratamento padrão (incluindo hidroxicloroquina).
Como efeitos colaterais, os dois grupos apresentarem índices semelhantes de insuficiência renal: 39% nos que receberam a azitromcina, e 33% nos que receberam apenas o tratamento padrão.
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