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Risco de uso da força contra o Brasil


Por Raimundo de Holanda

02/03/2025 19h22 — em
Bastidores da Política


  • A incapacidade de pensar no outro e na paz, criou um mundo perigosamente voltado para os negócios e para o confronto.
  • O aceno de Trump para pôr fim a uma ordem mundial, voltada para a paz, estabelecida em 1945, é assustadora, pois afeta o Brasil - e toda a América do Sul, considerada o quintal da superpotência do norte.
  • O problema que deve preocupar os brasileiros não é apenas o tarifaço sobre as nossas exportações pelo governo Trump (ou o caso STF e as big techs). Pode ser algo ainda maior e mais perigoso: a Amazônia e suas reservas minerais.

A leitura aproximou civilizações, uniu países e permitiu o entendimento de que ninguém prospera sem uma paz duradoura.  Mas está definhando. Menos leitura, menos informação - embora essa mesma informação exista em abundância. Mas ou já não é mais necessária ou talvez tenha perdido o seu poder de atração. 

O que isso está produzindo? Menos diálogo, menos convivência pacífica, o retorno da ideia da força como poder de quem grita mais alto.

Essa incapacidade de pensar no outro e na paz, cria um mundo perigosamente voltado para os  negócios e para o confronto, para o retorno de ideias de expansão e de incorporação de territórios, de opressão a estados mais fracos e de invasões também perigosas que, estas sim, podem conduzir a uma nova guerra mundial.

Esse retrocesso cognitivo de não conseguir ler e interpretar o mundo dos outros, a língua dos outros, os costumes dos outros, os direitos dos outros gera o caos que se viu na reunião  de Volodymyr Zelensky com o presidente dos Estados Unidos, Donald  Trump.

O aceno de Trump para pôr fim a  uma ordem mundial, voltada para a paz, estabelecida em 1945, é assustadora, pois afeta o Brasil - e toda a América do Sul, considerada o quintal da superpotência do norte. 

O problema que deve preocupar os brasileiros não é apenas tarifas sobre as nossas exportações pelo governo Trump (ou  o caso STF e as big techs). Pode ser algo ainda maior e mais perigoso: a Amazônia e suas reservas minerais.

Esse é um tempo perigoso, onde o diálogo acabou. Como sobreviveremos ?

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ASSUNTOS: Amazônia, Brasil, Trump

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.