Risco de uso da força contra o Brasil
- A incapacidade de pensar no outro e na paz, criou um mundo perigosamente voltado para os negócios e para o confronto.
- O aceno de Trump para pôr fim a uma ordem mundial, voltada para a paz, estabelecida em 1945, é assustadora, pois afeta o Brasil - e toda a América do Sul, considerada o quintal da superpotência do norte.
- O problema que deve preocupar os brasileiros não é apenas o tarifaço sobre as nossas exportações pelo governo Trump (ou o caso STF e as big techs). Pode ser algo ainda maior e mais perigoso: a Amazônia e suas reservas minerais.
A leitura aproximou civilizações, uniu países e permitiu o entendimento de que ninguém prospera sem uma paz duradoura. Mas está definhando. Menos leitura, menos informação - embora essa mesma informação exista em abundância. Mas ou já não é mais necessária ou talvez tenha perdido o seu poder de atração.
O que isso está produzindo? Menos diálogo, menos convivência pacífica, o retorno da ideia da força como poder de quem grita mais alto.
Essa incapacidade de pensar no outro e na paz, cria um mundo perigosamente voltado para os negócios e para o confronto, para o retorno de ideias de expansão e de incorporação de territórios, de opressão a estados mais fracos e de invasões também perigosas que, estas sim, podem conduzir a uma nova guerra mundial.
Esse retrocesso cognitivo de não conseguir ler e interpretar o mundo dos outros, a língua dos outros, os costumes dos outros, os direitos dos outros gera o caos que se viu na reunião de Volodymyr Zelensky com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O aceno de Trump para pôr fim a uma ordem mundial, voltada para a paz, estabelecida em 1945, é assustadora, pois afeta o Brasil - e toda a América do Sul, considerada o quintal da superpotência do norte.
O problema que deve preocupar os brasileiros não é apenas tarifas sobre as nossas exportações pelo governo Trump (ou o caso STF e as big techs). Pode ser algo ainda maior e mais perigoso: a Amazônia e suas reservas minerais.
Esse é um tempo perigoso, onde o diálogo acabou. Como sobreviveremos ?
ASSUNTOS: Amazônia, Brasil, Trump

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.