Trinta dias depois das eleições municipais deste ano, os partidos já se mobilizam para as eleições de 2026. O Amazonas terá duas vagas de senador - o cargo mais cobiçado depois de governador - abertas com o fim dos mandatos de Eduardo Braga (MDB) e Plínio Valério (PSDB). 

Como o eleitor vai votar duas vezes para senador, as chances de Braga podem diminuir drasticamente, com a provável entrada  do governador Wilson Lima e do coronel Menezes na disputa.

Embora com uma boa participação nas comissões técnicas do Senado, com destaque para a relatoria da reforma tributária, Braga sofre da falta de empatia.
 
Essa dificuldade do senador de se conectar com as pessoas por pouco não o tira do Senado em 2018, quando ficou na iminência de perder a vaga para Luiz Castro (REDE). 

A votação do senador em Manaus foi pífia, mas sua vitória veio do interior, onde mantém  redutos eleitorais sustentáveis, o que não lhe garante a reeleição.

Para se reeleger, Braga vai depender  da força de David Almeida e Omar Aziz, que embora provavelmente venham a se colocar em campos opostos na disputa do governo, têm o senador como aliado.

Há uma outra questão que deve entrar na contabilidade dos partidos políticos, acostumados a eleger e reeleger tubarões. O eleitorado está mudando, a sociedade em transformação.

Nada mais é como foi em anos passados