Amazonino Mendes tem a promessa  de que será o  candidato da Federação (a ser formada pelo PSDB com o Cidadania)  ao governo do Amazonas. Mas pode confiar na palavra dos caciques tucanos ?  É o que parece que vem tirando o sono do ex-governador. A razão é simples: o PSDB é o partido do "vai-não vai", de recuos e de quebra de compromissos…

A três meses das convenções partidárias e sem candidaturas definidas, o ex-governador Amazonino Mendes ( Cidadania)  é o pré-candidato ao governo do Amazonas mais lembrado pelos eleitores, mas está longe de assegurar uma vitória em primeiro turno. Terá que enfrentar o governador Wilson Lima (União Brasil) ou o senador Eduardo Braga( MDB), que aparecem empatados em pesquisa do Instituto Big Data, contratado pela Rede Record.

O dado novo da pesquisa é o crescimento do senador Eduardo Braga, que vinha patinando entre  8 e 10 por cento e agora aparece com  17%, encostado em Wilson Lima, que tem, segundo o Big Data, 19%. Amazonino estabilizou em 32%, mas o crescimento dos demais candidatos força o ex—governador e rever estratégias e apostar que a formação da Federação (entre Cidadania e PSDB), ocorra sem atropelos e que a crise estabelecida no partido com a decisão do senador Plinio Valério de se lançar pré-candidato seja superada.

O que não deve - e é um risco que não pode correr - é imaginar que vale o compromisso dos caciques tucanos de que será o candidato da Federação  ao governo do Amazonas. A razão é simples: o PSDB é o partido do "vai-não vai", de recuos e da quebra de compromissos.

O exemplo mais recente foi a prévia do partido em novembro passado para definir o candidato que disputaria a presidência da República, vencida pelo governador de São Paulo,  João Doria, agora rifado.

Do lado do governador Wilson Lima, o espaço para crescer é grande. Ele vem de uma rejeição altíssima, mas que tem encolhido mês a mês. Se souber montar o guarda-chuva para impedir que as pedras atiradas  atinjam o telhado visivelmente frágil do seu governo, pode surpreender.

Já o senador Eduardo Braga  vem crescendo  e surpreende porque não tem aparecido nas mídias como os demais pré-candidatos. Avança em meio a campanhas negativas, o que reforça a tese de que a melhor propaganda é ser lembrado, como dizia o escritor inglês Oscar Wilde, para quem "a única coisa pior do que falarem de você é não falarem de você”.

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