Natureza castiga o Amazonas e faz governo reagir
- Depois da cheia, a seca dos rios e suas consequências. No geral, resultando em isolamento, miséria, fome e morte.
Os rios do Amazonas estão encolhendo, cedendo lugar a areia. E recuam revelando sedimentos - lama, cascalho, pedras, terra molhada. O fenômeno é cíclico, mas ocorre em grau preocupante este ano.
O desassossego geral é que, quando agosto chegar muitos municípios estejam isolados e a economia do estado parada.
Não por acaso o governo do Amazonas realiza diversos encontros com prefeitos para estudar estratégias visando evitar fome, desespero, isolamento de famílias ao longo das calhas do rios.
A medida é salutar, ao tempo em que serve de alerta, prepara a estrutura que não terá o condão de resolver o problema, mas pode amenizar o sofrimento de milhares de amazonenses.
É auspicioso constatar que esse trabalho de prevenção de uma seca severa é inédito. Pode poupar vidas e manter, ainda que precariamente, a economia funcionando.
Nesse aspecto, acerta o governador Wilson Lima, ele mesmo empenhado em tornar esses encontros ponto de partida para um ação integrada entre estados, municípios e empresários.
ASSUNTOS: Amazonas, Manaus, rio negro, seca, Solimões, Tapajós, vazante
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.