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Nair Blair, a verdade sobre a prisão da empresária


Por Raimundo de Holanda

04/01/2016 23h16 — em
Bastidores da Política



Muitos tentaram linkar a prisão da empresária Nair Blair as acusações de envolvimento em suposta  compra de votos no Amazonas em 2014. Mas a realidade é outra. A Justiça Federal tentava, desde 2013, ouvir a empresária em inquérito que apurava corrupção   na ong administrada por ela, (a Angrhamazonica)  na captação de milhões de reais junto ao Ministério do Turismo para a realização de réveillon em Brasilia, Santarém, Amapá,  o festival folclórico de Parintins e festejos em festas de final de ano em outras cidades. Havia claro  indício  de mau uso dos recursos, corrupção e peculato. Por duas vezes houve tentativa  de citá-la, mas ela não foi encontrada. Um mandado de prisão foi expedido em fevereiro do ano passado, mas não chegou a ser cumprido.
 
Semana passada o Ministério Público Federal entrou em ação pedindo o cumprimento da Medida, determinada pelo juiz  Marlon Souza, da segunda vara federal. A Polìcia Federal  recebeu o mandado e o cumpriu no retorno de Nair da Europa. O momento politico açodado deve ter contribuído para retirar da gaveta um mandado que por puro descaso  não foi cumprido em tempo hábil. Mas esse é um jogo de poder pesado, onde a influência politica no Judiciário é, aparentemente, notória.
 
Nair passou a manhã depondo, Á tarde foi submetida a novo depoimento. Tudo relacionado ao inquérito abaixo. Há um pedido de relaxamento de prisão, que vai ser analisado pela juíza federal plantonista Jaiza Fraxe. Se for negado, ela  vai para a penitenciária. Mas o risco de comprometer a ordem pública, como consta no mandado de prisão, é um excesso e deve pesar na decisão da magistrada.
 

Nair aprontou demais. São duas mil citações feitas a ela na justiça federal e do distrito Federal.  A maioria por envolvimento em ações não republicanas. Caiu de paraquedas em Manaus na  ultima eleição, infiltrada na campanha de José Melo. Entrou para estragar e colocar tudo sob suspeita. E certamente o paraquedas não foi comprado por ela,,,

SEM POLÍCIA NO TCE

A dança das cadeiras pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) continua em ritmo de Réveillon. O presidente Ari Jorge Moutinho da Costa Júnior fez sete nomeações para cargos de confiança. Entre as nomeações está a do secretário geral de Controle Externo.  Moutinho reconduziu Pedro Augusto Oliveira da Silva à função, em vez de nomear delegados da Polícia Federal como fora cogitado. O coerência, que se esperava dele, reapareceu...

NA MIRA DE REBECCA

A superintendente da Suframa, economista Rebecca Garcia, já tem alternativa para melhorar o desempenho das venda do Polo Industrial de Manaus). Ela vestá trabalhando para abrir rota de exportação para os países andinos como Chile e Peru, e assim contornar a queda no consumo  de bens produzidos na ZFM. A principal iniciativa, conforme Rebecca, é fazer da ZFM em fornecedor de componentes para a indústria de duas rodas peruana.

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Para Rebecca Garcia, o fato de o dólar estar valorizado ante o real é mais um fator a incentivar a exportação, embora a logística seja complicada.
 
SHOPPINGS GFISCALIZADOS

 O Procon Manaus começa hoje a fiscalizar todos os shoppings centers da capital para verificar o cumprimento da lei nº 417, que estabelece gratuidade aos usuários de estacionamentos que comprovem compras feitas no valor igual ou superior a dez vezes o preço cobrado pela hora estacionada. As fiscalizações serão realizadas em parceria com o Procon estadual. “O estabelecimento que não estiver cumprindo a lei vai ser notificado e multado”, diz o coordenador municipal Alessandro Cohen. Os centros de compras são obrigados a ter estacionamento para os usuários, mas fazem deles uma boa fonte de renda.
 
O VELHO PT DO AMAZONAS

A ‘banda política’ do PT do amazonas inicia o ano batendo numa velha tecla. O partido tem de ter candidato próprio à prefeitura de Manaus neste ano. Os cinco parlamentares atuantes na capital, dois deputados e três vereadores, acham que a estrela vermelha tem cacife para honrar uma disputa majoritária. Apesar de que todas as vezes que participou de candidaturas desse naipe saiu-se muito mal nas urnas, mesmo quando tinha ‘puxadores de votos’ como Praciano, que em 2008 obteve a quarta colocação com 111.536 votos. Agora, José Ricardo e Sinésio Campos acham que um quarto lugar cairia bem de novo. 

 
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ASSUNTOS: ARY MOUTINHO, COMPRA DE VOTOS, NAIR BLAIR, Rebecca Garcia

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.