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Luta de MMA entre prefeito de Borba e ex-vereador foi exemplo civilizatório


Por Raimundo de Holanda

13/12/2021 18h11 — em
Bastidores da Política



Se de um lado a luta de MMA entre o prefeito de Borba, Simão Peixoto,  e o ex-vereador Irineu Alves alimentou as críticas da oposição ao prefeito, de outro revelou não um estado de beligerância marcado pelo ódio, mas um sopro civilizatório - no qual os dois buscaram, em comum acordo, apaziguar conflitos. No Estado do Amazonas, onde as diferenças pessoais são resolvidas através da pistolagem e de notícias falsas, que destróem a família e minam biografias, a atitude dos dois políticos pode não ser o exemplo que se esperava, mas comparado as criminosas campanhas difamatórias diárias nas redes sociais e aplicativos de celular contra políticos e empresários,  foi o modo transparente e público de que poderiam ao menos conversar e apertar as mãos após o embate, o que fizeram como bons desportistas.

Pode ser que se discuta por um longo tempo quem de fato venceu a luta, mas essa é uma questão menor.

Quanto ao fato de ter supostamente havido aglomeração no local da luta, como chegou a ser divulgado, com pedido de explicações pela  Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), cabe indagar por que a Fundação fechou os olhos para as cerca de 30 mil pessoas que lotaram a Arena da Amazonia no sábado, durante o show do comediante  Whindersson Nunes?

Aquilo  é que foi aglomeração, em Manaus, onde a FVS mantém sua sede e seus fiscais,  irregularidade que  poderia conferir a olho nu e não o fez.

Quanto aos dois políticos, fizeram uma luta combinada e travada em palco oficial, com direito a transmissão pela Internet. Se as diferenças acabaram, só o tempo dirá. Importa que se cumprimentaram, como dois esportistas, honrando o público presente. Melhor exemplo não poderiam dar

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.