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A guerra do medo, do nosso medo


Por Raimundo de Holanda

20/11/2023 21h47 — em
Bastidores da Política


  • As histórias que ouvimos são uma repetição de experiências vividas de forma dramática por nossos pais e por nós. E ainda assim não aprendemos.

Não é mais apenas a falta da ronda policial no bairro onde moramos que preocupa, nem a condução que nossos filhos pegam todos os dias para ir à escola.  Ou ainda o vizinho que tentamos cumprimentar no elevador e nos ignora.

Tudo nos afeta. Da guerra de vaidade nos tribunais, onde os juízes jogam às favas o dever da imparcialidade,  ao  conflito na Ucrânia, o genocídio de Gaza praticado por um Estado enfurecido e sem controle, à eleição na Argentina.  

Mas por que nos afeta? Porque o mundo ficou pequeno e entra em nossas casas a todo momento. 

As histórias que ouvimos são uma repetição de experiências vividas de forma dramática por nossos pais e por nós. E ainda assim não aprendemos. 

Votamos pensando num país melhor, e os governantes que escolhemos se revelam incapazes de resolver os problemas do Estado, do País. Para justificar a falta de competência, culpam terceiros, dividem responsabilidades, se omitem.

Nas ruas a gente tem medo  de tudo: da moto que se aproxima, do carro que estaciona ao lado, do  guarda armado que já não temos certeza se está ali para nos proteger.

É a guerra do medo. Do nosso medo, do medo dos outros. Tempos difíceis estes que vivemos…

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.