Desfeitas e recompostas as alianças politicas em Manaus, o quadro partidário e eleitoral é ainda confuso. Os dois lados supostamente mais fortes  na disputa ainda não sabem exatamente como posicionar seus soldados,  nem conseguem evitar  que eles transitem em linhas inimigas, o que abre uma nova discussão sobre um tema delicado: É prá valer a união PSDB/PMDB, ou PR/PSD?  Ou se trata de mais um jogo, engenhosamente montado para tirar de cena potenciais adversários em 2018?  Quem seria essa mente privilegiada, que surfa entre o bem e o mal, mas não esconde seu poder altamente destrutivo? Não se explica, por exemplo, as relações amistosas entre o senador Eduardo Braga (PMDB) e o deputado Alfredo Nascimento (PR), nem  a presença de  técnicos ligados a Braga  tão próximos do PR e de seu projeto de poder.  Pode ter gente sendo iludida, nos dois lados...

COARI É UM MAU EXEMPLO....

Quem busca o poder político não questiona mesmo o voto, nem de quem virá ou para quem ele será dado. Coari é um bom exemplo desta máxima das velhas raposas da política brasileira. O município do Amazonas que é berço do petróleo e gás na Amazônia, e também abriga um dos ‘esquemas’ de corrupção e crimes mais bem montados do país, caminha para reconduzir à prefeitura municipal ninguém menos que os filhos do chefe do ‘Comando de Coari’, o ex-prefeito condenado Adail Pinheiro. Adailzinho e a irmã Maiara são candidatos a prefeito e vice-prefeita de Coari, sob as bênçãos políticas do próprio Adail e apoiado por grandes partidos como o PMDB, o PP e o PTB, e nomes com biografias históricas no poder político do Amazonas.

AGORA É O IMPEACHMENT

Enquanto os candidatos começam a corrida eleitoral rumo às prefeituras, no Senado o processo de impeachment da presidente Dilma chega ao encerramento da penúltima fase amanhã. Por maioria simples de um mínimo de 41 senadores presentes, a votação do parecer da Comissão Especial do Impeachment vai decidir se ela será julgada ou não. O presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski vai comandar a longa sessão no plenário, que pode tomar o dia todo e avançar pela madrugada de quarta-feira. Se for aprovado o parecer, o julgamento final começará no dia 25 e durará cinco dias.

A VEZ DOS HERDEIROS

Caciques interioranos impedidos de concorrer ao cargo de prefeito, por estarem impedidos por processos na justiça, lançaram jovens ‘rebentos’ da família na disputa eleitoral deste ano com o intuito de ‘salvar’ seus camburões de votos.  

AMAZONAS ESCONDE FORAGIDOS

O Amazonas é um imenso esconderijo para foragidos da justiça. Que o diga Adriano Salan, o secretário de Adail Pinheiro e um dos articuladores do esquema de fraudes e licitações na prefeitura de Coari. Condenado a mais de 16 anos de prisão, em processo da operação Vorax, Salan conseguiu fugir da PF até ontem, quando precisou dar entrada num hospital público de Manaus e foi apanhado pelos federais. O irmão de Adail e chefe do esquema na prefeitura, Carlos Eduardo Pinheiro, continua foragido e procurado pela Interpol, mas Salan pode dar o paradeiro dele.