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Bolsonaro joga gasolina na relação já desgastada da população com a classe política


Por Raimundo de Holanda

20/05/2019 18h24 — em
Bastidores da Política



Bolsonaro não surpreende. Ele sempre foi  agressivo nas relações interpessoais. Nunca escondeu seu lado perverso e autoritário. Agora é torcer para que as instituições resistam, os políticos ajam com independência e sem o temor dos que usam as redes sociais para atiçar a população contra eles.

O presidente Jair Bolsonaro sempre tentou imitar Donald Trump. Diferentemente de Bolsonaro, Trump  entende que uma democracia  é feita a partir de Instituições sólidas que balizam o estado de direito. Entre elas está o Legislativo, onde se concentram  os políticos.

Trump trava  uma guerra particular com os Democratas e assiste cisões em seu partido, o Republicano. Mas não ataca os políticos, ataca ideias.

Bolsonaro ataca os políticos e atinge em cheio um poder fundamental em uma democracia - o Legislativo.

O presidente passa a ideia de que é impossível governar com o Congresso e joga gasolina na relação já desgastada da população com a classe política.

O que ele quer?  Fechar o Congresso Nacional?  É o que parece.

Na verdade, Bolsonaro não surpreende. Ele sempre foi agressivo nas relações interpessoais. Nunca escondeu seu lado perverso e autoritário.

Agora é torcer para que as instituições resistam, os políticos ajam com independência e sem o temor dos que usam as redes sociais para atiçar a população contra eles.

Quem tem que subsistir não é Bolsonaro presidente, mas a democracia. É Bolsonaro que tem que se submeter a Constituição. Afinal, foi esse o seu juramento ao tomar posse como presidente do Brasil.

 

 

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ASSUNTOS: bolsonaro-manifestações, Brasil, Congresso Nacional, politicos, PSL, PT, une

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.