Com o desenvolvimento comprometido e isolado do resto do País, o Amazonas precisa respirar, se integrar de fato às demais unidades da Federação. Mas o isolamento atual é sufocante e fruto de políticas ambientais ambíguas - que de um lado estimulam o divisionismo, que ainda não é latente na sociedade, mas é um pensamento que tende a se tornar dominante nos próximos anos. De outro, contemplam interesses internacionais obscuros, alimentados por agentes do próprio governo brasileiro.

Não que passe pela cabeça de alguém querer a separação do Brasil, mas porque é cada vez maior o risco de uma superpotência se apoderar da região para explorar recursos naturais - que são imensos,(e que os caboclos que residem aqui são impedidos de fazer uso, para gerar riqueza e desenvolvimento).

Esse isolamento não é apenas cruel com os amazonenses. Tira do próprio País a oportunidade de integrar a região e fomentar investimentos privados na exploração racional de seus recursos naturais,  além de investir em ciência e tecnologia. 

Sob o falso manto de proteger a floresta e os indígenas - estes cada vez mais miseráveis e abandonados-, o governo brasileiro mantém deliberadamente o isolamento, não se importando com os riscos que isso representa do ponto de vista de sua soberania sobre a região.

Tem razão o senador Omar Aziz (PSD-Am), ao afirmar que o governo brasileiro está cheio de ministros fundamentalistas, sem noção da grandeza e do potencial da Região Amazônica. Prova disso são os sucessivos entraves à conclusão da BR 319.

A BR é estratégica,  do ponto de vista da defesa da região Amazônica. 

A recente ameaça da Venezuela de invadir a Guiana,  se colocada em prática, os soldados venezuelanos teriam que passar pelo território brasileiro -  causou um atraso de semanas para que o Exército conseguisse transportar da Região Sul  para Roraima 20 blindados, através de balsas.

Ficou a lição. Se o governo Lula não aprendeu, não deve ligar muito para a soberania do Brasil sobre a região.