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Alfredo, turbinado, pode atropelar Marcelo e sair candidato pelo PR


Por Raimundo de Holanda

28/04/2016 20h14 — em
Bastidores da Política



Alfredo Nascimento turbinou o termômetro das redes sociais com sua declaração de voto pelo impeachment. E para aumentar o calor em torno do seu nome, manteve a decisão de renunciar à presidência nacional do PR, que deve voltar às mãos de Waldemar da Costa Neto. Livre do compromisso de gerenciar o partido, Alfredo ficará mais ‘solto’ para poder cuidar da sucessão municipal, inclusive de sua provável candidatura a prefeito de Manaus. E embora continue mantendo a palavra com Marcelo Ramos, inclusive liberando os espaços das inserções partidárias na tevê, a cúpula do PR no Amazonas aposta que Alfredo tem mais densidade eleitoral para uma disputa de ponta.

Pesa, ainda, a necessidade de o PR construir uma ‘base forte’ para a Câmara Municipal, incluindo o nome do irmão do líder, Evilásio Nascimento.

Eduardo Braga ganha peso e agora quer perder 30 quilos

O senador Eduardo Braga vai cuidar de perder peso nestes 30 dias que requereu para se ausentar do Senado e tratar da saúde. Segundo a assessoria em Brasília, o ritmo do ministério com a crise energética que teve de enfrentar logo de cara, o levaram engordar 30 quilos. Agora vai aproveitar para queimar gordura e voltar ‘enxuto’ ao mandato, quando o segundo round do impeachment tiver terminado. Mesmo sem votar, ele contribui com a redução do quórum para barrar o impedimento da presidente.  

SILAS  JÁ INCOMODA

A entrada de Silas Câmara na disputa pela prefeitura de Manaus  começa a causar preocupação entre as lideranças com maior poder de fogo. O prefeito Arthur Neto, por exemplo, contou com apoio maciço dos evangélicos na eleição de 2012, que não aceitaram a candidatura comunista de Vanessa Grazziotin. O governador José Melo, que é aliado de Arthur, também obteve apoio dos evangélicos em sua reeleição em 2014. Agora, com Silas no páreo, a coisa muda e lideranças subalternas das igrejas já se questionam a quem devem apoiar nesse novo cenário.  

A CRISE NO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

O torniquete da crise econômica está chegando a um limite insuportável. As empresas de ônibus que sempre reclamavam, mas sempre ganharam muito dinheiro com o sistema de transporte coletivo, agora entraram na fase de inadimplência com os compromissos bancários. Ontem, representantes do Sinetram viajaram a São Paulo  para renegociar empréstimos  junto a bancos para adquirir veículos. O presidente do Sinetram, Carmine Furletti disse que as empresas deixaram de pagar as dívidas para honrar compromisso com colaboradores e fornecedores.

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O reajuste da tarifa, concedido e suspenso pela justiça, é um caminho inevitável para superar a crise, mas atinge o bolso do usuário, já esvaziado pelo desemprego .

METEU O NARIZ ONDE NÃO DEVIA

No desespero em que se encontra diante da fatalidade da aprovação do processo de impeachment no Senado, a bancada do PT chegou ontem a criar uma situação vexatória para um visitante estrangeiro à casa. O prêmio Nobel da Paz 1980, o argentino Adolfo Pérez Esquivel foi levado por uma manobra da mesa dirigida pelo petista Paulo Paim a se pronunciar insinuando uma tentativa de golpe do legislativo contra a presidente Dilma. Levado na onda do esquerdismo que defende, Esquivel acabou quebrando o protocolo e ‘metendo o nariz’ numa questão interna de um país amigo. Pior, transgrediu a regra regimental do Senado para acusar senadores de golpismo. Pode ter conseguido mais votos contra Dilma.

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ASSUNTOS: #bastidoresdapolítica, Amazonas, Eduardo Braga, Manaus, pr

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.