Manaus/AM - A Prefeitura de Manaus e o Governo do Amazonas trocaram acusações sobre a gestão dos serviços de saúde na capital. A prefeitura classificou como "caluniosa e escandaloso ato de desinformação" a manifestação do governo estadual, enquanto o governo anunciou que solicitou a devolução de recursos repassados à prefeitura.

O impasse começou quando o prefeito David Almeida afirmou que o governo estadual não estava repassando recursos para a manutenção do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Farmácia Básica. A prefeitura reafirmou que o estado não cumpre sua parte no financiamento desses serviços, sobrecarregando o município.

A prefeitura também refutou a afirmação do governo de que atende 85% da demanda de saúde na capital, destacando que a responsabilidade pela atenção básica é do município. A gestão municipal destacou avanços no atendimento, como o aumento da cobertura na atenção básica e a realização de milhões de procedimentos em unidades de saúde.

Por outro lado, o Governo do Amazonas alega que os serviços de saúde, como o Samu, passaram a ser responsabilidade do estado devido à "incapacidade" da prefeitura em gerenciá-los. O governo também afirmou que 85% da demanda de atenção básica é absorvida pela rede estadual e que Manaus é o único município do Amazonas que não oferece assistência adequada de média e alta complexidade, com exceção da Maternidade Moura Tapajós.

O governo estadual anunciou que os recursos solicitados de volta serão aplicados no fortalecimento da rede estadual, com foco no interior do estado.