Letalidade da Covid está em menos de 1% em doze municípios do Amazonas
Manaus/AM - A faixa etária da população acometida pela doença, presença de comorbidades, adesão à vacinação, uso de máscaras diante de sintomas gripais e isolamento social são alguns dos fatores que podem justificar as diferenças nos índices de mortalidade por Covid-19 no Amazonas, após mais de dois anos do início da pandemia, de acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM).
Os municípios como Ipixuna, com 6.663 casos confirmados e Atalaia do Norte, com 4.192 casos, registraram os menores índices de mortalidade até o último dia 4, com 0,3% de letalidade.
Outros municípios com índice abaixo de 1% são Envira e Anamã, 0,4%, Canutama, 0,5%, Carauari, 0,6%, Eirunepé e Boca do Acre, 0,7%, Jutaí, Itamarati e Boa Vista do Ramos, 0,8% e Codajás, 0,9%.
Já Manacapuru, com 12.614 casos confirmados, chegou a 3,3% de letalidade, Manaus com 313.578 casos, 3,2% e Parintins, com 12,430 casos, alcançou índice de óbitos de 2,9%.
Desde o início da pandemia de Covid-19, o Amazonas registrou 624.902 casos confirmados e 14.419 óbitos, resultando em uma letalidade de 2,3% para o Estado no período.
Para a FVS-RCP, as características demográficas da população acometida pela doença, principalmente a faixa etária, presença de comorbidades, adesão à vacinação, uso de máscaras diante de sintomas gripais e isolamento social são alguns dos fatores que podem justificar as diferenças nos resultados.
Em Atalaia do Norte, o índice de vacinação chegou a 76,2% da população com a segunda dose da vacina, enquanto Ipixuna teve 77,4% de adesão à vacinação na segunda dose. Em Manacapuru, 79,4% da população já tomou a segunda dose, em Manaus, 87.3% e em Parintins, 88,7%.
De acordo com a FVS-AM, a letalidade é calculada para o período de tempo que abrange a notificação do primeiro caso no estado do Amazonas (13 de março de 2020) até a atualidade (02/01/2023).
Com base na atualização do Painel Covid-19 Amazonas publicada no ontem (4) no site da FVS-RCP, haviam sido notificados 624.951 casos confirmados e 14.420 óbitos no Amazonas.
Na maioria dos óbitos e hospitalizações, os principais agravos identificados foram doenças do coração (34,9%), diabetes (28,2%) obesidade (3,7%) doenças renais (4,6%), neurológicas (3,8%) e pneumológicas (3,2%).
A adesão às medidas farmacológicas, principalmente à vacinação, e medidas não-farmacológicas como uso de máscaras diante de sintomas gripais, isolamento social (com modalidade profissional de teletrabalho, por exemplo), a oferta de serviços de saúde, de diagnóstico e de assistência, assim como a sensibilidade de captação dos dados são também fatores importantes para justificar essas diferenças.
Para os especialistas, só será possível deixar de se preocupar com a Covid-19 quando tivermos uma vacina que tenha a capacidade de cortar a transmissão e diminua os casos graves.
As informações podem ser obtidas pelo site www.fvs.am.gov.br/indicadorSalaSituacao_view/60/2
ASSUNTOS: Amazonas