OMS recomenda que cloroquina só seja usada em experimentos, sob supervisão
BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) - A OMS (Organização Mundial de Saúde) disse nesta quarta-feira (20) que não recomenda que cloroquina e hidroxicloroquina sejam usadas no tratamento de Covid-19 (doença provocada pelo coronavírus). Segundo o diretor-executivo da organização, Michael Ryan, as drogas devem ser usadas apenas em estudos clínicos, em hospitais e sob supervisão médica, pois apresentam efeitos colaterais. Nesta quarta, após determinação do presidente Jair Bolsonaro, o Ministério da Saúde alterou o protocolo para permitir o uso dos medicamentos também por pacientes com sintomas leves do novo coronavírus. Até então, a orientação era de uso apenas por pacientes graves e críticos e com monitoramento em hospitais. Ryan afirmou que, "neste estágio, não há evidências" de que cloroquina e hidroxicloroquina sejam efetivas no tratamento da Covid-19 ou na profilaxia para não contrair a doença. "Na verdade, pelo contrário. Várias autoridades de saúde já alertaram para seus efeitos colaterais e muitos países limitaram seu uso para estudos clínicos", disse o diretor da OMS. Ryan disse que os países são soberanos para aconselhar seus cidadãos sobre o uso de qualquer medicamento, mas, "como OMS, nós recomendamos que, no caso da Covid-19, cloroquina e hidroxicloroquina sejam usadas apenas em experimentos clínicos". Ele ressalvou que isso não se aplica a outras doenças para as quais as drogas já foram licenciadas (como a malária, por exemplo). As drogas fazem parte do estudo internacional Solidarity, coordenado pela OMS, que avalia também remdesivir, lopinavir com ritonavir e esses dois medicamentos associados com interferon beta-1a. Segundo a líder técnica da OMS, Maria van Kerkhove, o estudo ainda está em curso, com mais de 3.000 pacientes em 245 de 18 países. Outros 12 estão à espera de iniciar testes (a organização não fornece a lista dos participantes). Na última sexta (18), em discurso em assembleia virtual da organização, ministro interino da Saúde brasileiro, general Eduardo Pazuello, disse que "gostaria de reforçar o compromisso do Brasil em apoiar e participar de iniciativas internacionais" e citou o estudo Solidarity.
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