Mulher baleada a mando da ex-amante do marido teme fuga após julgamento ser adiado

Manaus/AM- Sandra Maria Batista Feitoza, 37, a mulher que foi baleada oito vezes supostamente a mando da amante do marido em fevereiro de 2021, procurou a equipe do Portal do Holanda para denunciar que teme a fuga da suspeita, Jucileia Jaqueminutte Campos, 34.
Jucileia deveria ter sido julgada no dia 25 de maio deste ano, mas o julgamento foi adiado para o dia 21 de julho. A acusada e a irmã, que também é suspeita de ajudar no crime, respondem ao processo em liberdade e mesmo sem autorização para deixar Manaus, teriam viajado para o município de Autazes.
"Ela e a irmã foram presas, passaram um mês, depois saíram e ela tentou coagir uma testemunha minha. A polícia pediu quebra de sigilo telefônico e chegou nela de novo, ela foi presa, mas agora ela está em liberdade novamente (...) Ela não tem autorização para viajar, mas acabou viajando para Autazes e colocaram a tornozeleira nela, eu tenho medo", diz Sandra.
Para quem não lembra, Sandra e Jucileia se envolveram em um triângulo amoroso que quase terminou em tragédia. Na época do crime, Jucileia estava mantendo um caso extraconjugal com o marido de Sandra e na tentativa de que ele ficasse apenas com ela, a mulher contatou a vítima e revelou a traição.
Ao tomar conhecimento da situação, Sandra confrontou o marido, que decidiu abandonar Jucileia e seguir com o casamento com Sandra. A amante, porém, não aceitou o fim e passou a perseguir o casal durante três meses. Contudo, no dia 16 de fevereiro, supostamente com a ajuda da irmã, Jucileia decidiu contratar um pistoleiro para matar a rival. Sandra foi atacada a tiros na frente da casa onde morava, enquanto chegava do trabalho.
Na ocasião, o homem efetuou 10 disparos, oito deles atingiram a funcionária pública, que foi socorrida pelo sobrinho. O jovem conseguiu anotar a placa do carro usado pelo atirador e durante a investigação, a polícia chegou ao homem que revelou ter agido a mando de Jucileia.
A mulher e a irmã chegaram a ser presas, mas ganharam o direito de responder em liberdade. Quatro anos depois, o julgamento foi marcado, mas foi adiado a pedido da defesa das acusadas. Sandra afirma que ao saber da viagem de Jucileia, passou a temer que ela fuja, já que o julgamento deve acontecer daqui a pouco mais de um mês.
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